Paraty em Foco
Os ciclos de estudos conduzidos por Juan Esteves (in memoriam) foram decisivos na formação de Eliane Rodrigues, unindo prática, percepção e pensamento fotográfico. Herdeiro intelectual de nomes como Cartier-Bresson, Sebastião Salgado e Alec Soth, Juan influenciou diretamente os trabalhos apresentados nos festivais de Tiradentes e Paraty em Foco, aqui destacados.
Paraty em Foco Festival Internacional de Fotografia
Dois anos de ciclos de estudos resultaram mostras coletivas no prestigiado festival fotográfico

Territórios, 2020. Com a curadoria de Juan Esteves, propôs a narrativa coletiva do território. Além de demarcar o espaço físico pode revelar um exercício cotidiano de sobrevivência.
Uma porção de espaço marcada por relações múltiplas mas essencialmente íntimas através do campo imagético de cada autor aqui reunido.
Diferentes lugares, como o litoral brasileiro ou do sul da França contrapõe-se aos detalhes e amplitudes urbanas, enquanto que a quietude pode surgir tanto dos prados interioranos quanto das águas mais geladas do extremo sul da América.
Em cada fotografia um fino relato de como diferentes autores enxergam o mundo contemporâneo. Mostram, acima de tudo, como transformam dias incertos em arte e espaços ínfimos e monumentais em poesia.

Assim como o movimento homônimo, os autores que expõem seus trabalhos promovem a fluência de sua criatividade ao mesmo tempo que incorporam-se na correnteza da arte fotográfica em suas múltiplas possibilidades. É uma arte autoral, porém compartilhada em sua multiplicidade, formando um conjunto coeso através de diferentes experiências, como delicadas fusões; cromatismos distintos das formas naturais e do espaço urbano; a valorização do humano; a geometria criando novas estruturas entre o estático e o movimento; o espaço da natureza contemplativo e desafiador. Essencialmente uma imagética construída por cada um destes fotógrafos no espaço aberto da fotografia contemporânea.
Curadoria Juan Esteves

A exposição Outras Fronteiras, com curadoria de Juan Esteves, reafirma a posição da fotografia contemporânea e promove a retomada da poesia e da beleza em contrapartida ao conceitual insustentável, longe das linhas artificiais e limites políticos, promovendo um diálogo, entre natureza, o meio urbano, o Homem e sua arquitetura, em consonância com as novas fronteiras da imagem.